sexta-feira, 5 de março de 2010

ABUSADO

O Leitor deve ter notado que andei ausente um período.

Viajei um pouco, o que me tomou algum tempo.

Fico muito feliz em receber as manifestações de protesto pela ausência de posts.

A cada dia tomo ciência de mais pessoas que lêem este blog que começou de forma absolutamente

despretensiosa, com o objetivo de dar vazão única e exclusivamente à minha verve literária ( Olha que pretensão a minha!!...)


Em verdade o que me roubou realmente tempo foi ter sido vítima de um abuso que me tomou de roldão minha

conta de email com vários contatos , emails de meus filhos, alguns emails de pacientes e me deu algum trabalho

para resolver principalmente por haver questões legais implícitas.


Rastrear emails não é tarefa fácil, apesar da informática estar hoje super avançada. Acha-se IP de endereços

completos incluindo o apartamento de onde partiu . Mas dá trabalho e gasta-se algum dinheiro.


Enfim. É justamente sobre isso que falaremos hoje.

Abusos.

Em suas mais diversas e camufladas formas.

Quando ouvimos o termo abuso, pensamos subitamente em uso de drogas ou substâncias ilícitas.

Mais recentemente o termo teve sua aplicação expandida para investidas sexuais, assédio moral, e quaisquer

tipos de atitudes que pudessem ser consideradas inconvenientes ou perturbantes e que representassem uma

extrapolação de seus direitos rumo aos direitos do próximo.

Tenho conhecimento de experiências lamentáveis de pais “abusando” sexualmente de filhas, inclusive com

pessoas próximas , que faziam parte de meu círculo social antes que eu saísse do Brasil.

Mães abusando moralmente de filhas por anos a fio.

Isso não é muito raro, infelizmente, quando se trata do extrato social mais baixo. Entretanto se torna muito mais

agressivo em nossa concepção, quando se aproxima de um extrato social “supostamente” mais alto. Curioso isso

não? Na verdade abuso é abuso para o pobre ou para o cidadão de classe média , mas admite-se que isso faça

parte das agruras a que o pobre está sujeito simplesmente por ser pobre.

Um caso que conheci, que acometeu uma família de classe média extremamente problemática, teve conotações

bastante curiosas e tristes, com um desfecho lamentável e marcas indeléveis deixadas certamente por toda a vida

nas pessoas vitimizadas.

É bastante comum neste caso, os pais e mães tentarem a todo custo, abafar o caso, fingir que não viram ou

minimizarem a importância do mesmo.

Há casos em que as mães de vítimas, elas próprias foram vitimizadas na infância por tios, pais, primos e tiveram,

elas próprias, seus casos minimizados pelas suas mães e pais.

Trata-se, na verdade, de uma defesa dos próprios pais, que, ao encararem tal ocorrido como fato real, têm

medo de assinar um atestado de incompetência maternal/paternal, pela ausência na criação de seus filhos muitas

vezes delegada à avós e outras pessoas sem o mínimo preparo.


Muito mais curioso é que essas próprias pessoas que passam a levantar a bandeira da “Cruzada contra o

Abuso” tornam-se, elas próprias, abusadores de diversas formas.

Enxergam “abuso” em tudo o que pode desagradá-las e subtilmente passam a abusar de outras pessoas no seu

dia a dia.

Invadem a privacidade alheia, de diversas maneiras. Perseguem, vão à casa de pessoas, enviam até mesmo

emails em nome de outras pessoas e, pasmem, podem até alterar senhas e cancelar contas de emails de pessoas

as quais elas se julgam no direito de abusar baseadas em seu eterno sentimento de auto piedade, naquela eterna

sensação de que o Mundo abusa delas e dos seus. São grandes vítimas do “Mundo Cruel” e típica e

essencialmente, reclamam dos supostos abusos alheios.

Não gastam, entretanto, o mesmo tempo e nem aplicam a mesma energia na resolução de seus próprios

problemas. Estes, convém fingir que não estão ali. Que tudo é invenção de pessoas más que querem a troco de

nada abusar delas próprias. E assim seguem vitimizando-se por toda a vida e não resolvendo seus problemas,

mas sim, empurrando-os para debaixo de um tapete que a cada dia se torna mais imundo, extravasando sujeira

indisfarçavelmente, de modo a marcar até mesmo o semblante dessas pessoas , que se tornam a cada dia mais

feias e carregadas de uma aura negativa. Parafraseando o grande Cartola, em cada esquina cai um pouco a vida

delas….

Estas pessoas fazem contato com pessoas as quais nem conhecem para prejudicar outras pessoas, movidas por

uma ira incontrolável, inexplicável. Não poupam sequer crianças de seus atos tresloucados em nome de uma

suposta justiça para consigo próprias e de um sentimento de se estarem defendendo da maldade de outrem.

São, na verdade, psicopatas embora insistam em ver a psicopatia no próximo.

Já escrevi um post aqui há alguns meses sobre “ Vampiros”. Agora este sobre os abusadores. Se se derem ao

trabalho de reler notarão algumas semelhanças.

Na verdade são múltiplas cores de um enorme caleidoscópio.

Até o próximo….Se não pegarem minha senha e cancelarem este blog até semana que vem….

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